Peder Mork Mønsted- Calm waters |
À Beira de Água
Estive sempre sentado nesta pedra
escutando, por assim dizer, o silêncio.
Ou no lago cair um fiozinho de água.
O lago é o tanque daquela idade
em que não tinha o coração
magoado. (Porque o amor, perdoa dizê-lo,
dói tanto! Todo o amor. Até o nosso,
tão feito de privação.) Estou onde
sempre estive: à beira de ser água.
Envelhecendo no rumor da bica
por onde corre apenas o silêncio.
2 comentários:
Muito bonito, profundo ...silenciosamente belo...e triste...é assim que me sinto..."à beira de água"...com sede....
A foto é fabulosa!!!
Beijo e que o Ano seja de Esperança.
Pedrasnuas, é, apesar de tudo, bom ter sede, ainda que nela resida a tristeza...Bom Ano, e obrigada.
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