Federico Mompou, Musica Callada, Silent Music
Vergílio Ferreira, pensar,1993 Vergílio Ferreira
"424 -
Quando estiveres cansado de olhar uma flor, uma criança, uma pedra, quando
estiveres cansado ou distraído de ouvir um pássaro a explicar o ser, quando te
não intrigar o existirem coisas e numa noite de céu limpo nenhuma estrela te
dirigir a palavra, quando estiveres farto de saberes que existes e não souberes
que existes, quando reparares que nunca reparaste no azul do mar, quando
estiveres farto de querer saber o que nunca saberás, se nunca o amanhecer
amanheceu em ti ou já não, se nunca amaste a luz e só o que ela ilumina, se
nunca nasceste por ti e não apenas pelos que te fizeram nascer, se nunca
soubeste que existias mas apenas o que exististe com esse existir, quando, se
-, porque temes então a morte, se já estás morto?"
4 comentários:
ouvi o meu silêncio .
Obrigada
cs, obrigada, que mais se pode dizer?
"Quando se coloca o centro de gravidade da vida não na vida mas no "além" - no nada -, tira-se da vida o seu centro de gravidade." F. Nietzsche. hoje li esta frase e remEti-me para o texto do V.F. que aqui li :)
cs, de novo e sempre obrigada,pela leitura, pelo remetimento...
creio que o silêncio, este silêncio que não evoca nenhum "além" nos centra no essencial.
Ab.
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